Seja no ambiente corporativo,
familiar,
político,
social,
enfim,
qualquer que seja o meio
no qual as pessoas estejam
inseridas,
é preocupante a instabilidade,
a ausência de propósitos,
a fragilidade das personalidades,
ante questões diversas que lhes são impostas.
As pessoas parecem tomadas por um senso de urgência,
um imediatismo de prestar serviços
com demasiada submissão,
através dos quais manifestam-se em defesa de
interesses de curto prazo,
pontuados isoladamente e localmente,
como se estivessem desconectadas do organismo social.
Políticos fazem alianças historicamente incongruentes
em troca de alguns minutos adicionais no horário
eleitoral gratuito,
independentemente da dissonância ideológica
e pragmática futura em caso de êxito no pleito.
Profissionais travam um verdadeiro jogo de xadrez
em
suas companhias
prejudicando o colega da mesa ao lado
em lances
ardilosos
engendrados nos corredores e nas pausas para o café,
em busca de uma notoriedade
que pretensamente lhes venha conferir
uma maior
remuneração.
Amigos cultivados ao decorrer de anos
capitulam nos
momentos mais críticos,
negligenciando ajuda e apoio.
Familiares desagregam-se
ao primeiro sinal de
dificuldade econômica.
Pais apregoam a ética a seus filhos,
enquanto ultrapassam veículos pelo acostamento
no final
de semana,
tendo-os por testemunhas.
Há uma inversão recorrente dos valores,
da ética,
da moral,
do caráter.
As pessoas deixam de ser o que sempre foram
e passam
a estar o que lhes convém.
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